segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sorriso confuso


Imaginando, um verso, uma palavra, uma frase, uma música cantada...
Cruzei meus braços, e encolhi minhas pernas contra a barriga, encaixei-me na brecha da parede com um sinal de refúgio, um sinal de medo.
Quieta em uma névoa, sem sons algum, sem mesmo poder ouvir minha própria voz.
Na minha garganta tinha um nó, minhas lágrimas desciam ardendo como ácido em meu rosto.
A preocupação invadia meus sentimentos.
Olhei para os lados nada se via, a não ser aquela garota recuada no canto de uma parede escura, buscava sentido para as coisas, uma solução para seus problemas, mas seus olhos apenas se concentravam em uma ser vivo ao seu lado, um ser que não existia.
Aquele dia passou tão devagar, a chuva parecia que não mais iria cessar, saí do meu cantinho de refugio, olhei atravez da janela e chorei com a chuva.
Dessa vez minhas lágrimas desciam como mel, um sorriso se presenciou em meu rosto, assustada com mina própria ação, corri pelos corredores da casa, parei de frente a um espelho e dei gargalhadas do que tinha feito a alguns momentos atrás...
Agora, vejo uma garota confusa, de frente ao espelho e rindo de seus atos inesperados.

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